Natividade ainda guarda as marcas do período da escravidão, quando chegou a ter mais de 40 mil homens em cativeiro, trabalhando na exploração do ouro.
De acordo com as lendas do lugar, suas paredes guardam grandes fortunas em ouro, que era abundante na região e que, ainda hoje, é encontrado nas pedras que calçam as ruas.
Natividade conserva ruas estreitas e antigos casarões, com arquitetura de influência portuguesa e francesa. Em 1987, seu centro histórico foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
O artesanato do local é feito à base de palha de buriti (esteiras e chapéus) e barro (potes). Entre as comidas típicas destacam-se a produção de doces de mamão, caju e buriti.
Quibebe de carne seca com mandioca picada, frango cozido com guariroba, frango assado e arroz com pequi são algumas das delícias da região. Também, tradicionais da região, temos o biscoito amor-perfeito, licores de frutas típicas do cerrado e a produção artesanal de jóias.
Entre as principais danças folclóricas destacam-se a sússia e a catira, apresentadas em eventos religiosos e apresentações culturais.
Ruínas da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos
Ruínas da igreja (FOTO: Blog Foco Turístico) |
Igreja do século XVIII, construída pelos escravos, que não chegou a ser concluída. Da sua estrutura original restaram apenas as paredes laterais e o arco da entrada principal, totalmente feitos de pedra.
As ruínas encontram-se em bom estado de conservação. Por não possuir teto, o que possibilita um ambiente ao ar livre, a igreja abriga apresentações artístico-culturais da região como, por exemplo, a sússia – dança local típica, herdada dos escravos e que representa um jogo de sedução entre casais.
Igreja de Nossa Senhora da Natividade (Igreja da Matriz)
(FOTO: Site oficial de Natividade) |
A igreja data de 1759 e apresenta uma arquitetura simples, em estilo colonial. O altar é feito de madeira, pintado de azul e a igreja possui, ainda, dois sinos de cobre.
Centro Bom Jesus de Nazaré (Sítio Jacuba)
Destaca-se pelas construções presentes em seu terreno. A sua estrutura é composta por várias formações em rocha, imitando seres humanos, magos, pássaros gigantes e figuras estelares e geométricas. O local é considerado místico por estudiosos e pelos próprios moradores da região,
Romaria do Bonfim
É a maior e a mais tradicional festa religiosa do Estado do Tocantins, que recebe uma média de 60 mil fiéis vindos de diversas regiões do Estado. A festa de Nosso Senhor do Bonfim acontece de 7 a 17 de agosto, no povoado de Bonfim, a 24 km de Natividade.
É comum ver os romeiros atravessando, de joelhos, os 24 km revestidos de cascalho que separam o povoado da cidade de Natividade, em uma impressionante demonstração de fé e resignação. A origem da Romaria remonta aos primeiros focos de surgimento de Natividade. O local teria sido um santuário criado por fiéis ou um núcleo missionário dos carmelitas ou dos jesuítas.
Ruínas da cidade velha
A cidade velha foi o núcleo que deu origem à cidade de Natividade, no início do século XVIII. As trilhas que levam às ruínas só podem ser percorridas a pé, com o acompanhamento de um guia, por se tratar de uma região de garimpo de ouro ainda semi-ativo.
Festa do Divino
É realizada há mais de um século. No domingo do Espírito Santo, o grande dia, o Imperador, personagem central da festa é conduzido ao altar da Igreja Matriz, onde assiste a celebração da missa. De lá, parte-se para uma grande festa regada a doces, bolos e bebidas na casa do Imperador. A crença diz que o Divino acaba com a fome, com a guerra e que sua bandeira traz bençãos, fortuna e alegria para a comunidade.
Retirado do Site Oficial do Governo Estadual
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